Friday, June 1, 2007

Processos colaborativos nas aprendizagens em rede

Os processos colaborativos são muito importantes nas aprendizagens em rede, e como podemos verificar, existem vários processos, contudo esses mesmos processos exigem condição para o seu desenvolvimento tais como:
· Situação
· Interacção
· Processos de aprendizagem
Definindo cada uma delas, podemos dizer que a situação pode ser entendida como colaborativa se os pares:
- Tiverem os mesmos estatutos e poderem realizar as suas actividades; se tiverem um objectivo em comum e se trabalharem em conjunto.
Quanto à interacção, podemos dizer que a que ocorre na comunidade elege a génese dos processos colaborativos.
Os processos de aprendizagem colaborativa baseiam-se na modelação conjunta da compreensão e da construção do sentido.
Concluindo, a situação, a interacção e os processos colaborativos estão ligados entre si, pois a situação da colaboração é uma condição para o envolvimento dos membros da comunidade; os níveis de interacção são o meio de desenvolvimento da atitude de partilha e os processos e mecanismos colaborativos constituem a possibilidade de iniciativa conjunta na aprendizagem.

Thursday, May 31, 2007

Interacção social nas comunidades virtuais de prática

Comunidade: rede de relações entre indivíduos que se desenvolve através da partilha de valores, normas, historia e identidade social
A pertença a uma comunidade implica vínculo social
-Através da mediação tecnológica a construção desse vínculo estende-se para redes de globalização da informação e comunicação

Comunidade virtual: rede social sem limites físicos, constituída por indivíduos que partilham interesses e objectivos comuns, através da mediação tecnológica das interacções de comunicação.
- Participação activa e partilha de conhecimento são essenciais para a existência da comunidade no espaço virtual

Elementos das comunidades virtuais:
-Linguagem: infra-estrutura de comunicação da comunidade
-Cultura: representação da comunidade
-Participação: abertura à participação de novos membros, para alem dos internos
-Identidade: formação do vinculo social através da identificação
-Interacção social: relações sociais entre os membros do grupo
-Repertório: conjunto das experiências, métodos e meios para resolver problemas

Comunidades virtuais e de pratica

Um grupo online de partilha de interesses pode ser referido como uma comunidade virtual;
Comunidade de prática: membros desenvolvem a actividade focada para um domínio de conhecimento e acumulam informações sobre ele através da troca de experiências;
Capital social: base de confiança social, normas e rede de interacção que os indivíduos estabelecem para resolver problemas comuns;
Capital físico: objectos físicos;
Capital humano: propriedade dos indivíduos – conhecimento.

O capital social baseia-se nas conexões entre indivíduos e no valor resultante dessas mesmas ligações, reciprocidade e confiança que resulta da interacção social.

Wednesday, May 30, 2007

E–learning e Educação ao longo da vida

Com o surgimento da Internet e dos ambientes online a educação deparou-se com novos desafios nos processos de interacção social, cognitiva e com os contextos de aprendizagem.
A interacção online expõe um dos principais impactos nos processos de concepção e implementação da educação e formação, com bastante importância para a educação ao longo da vida, pois favorece o desenvolvimento dos processos bidireccionais de comunicação entre formandos e formados e a participação nas redes e contextos de aprendizagem.
Deste modo, as tecnologias de informação e comunicação tornaram a integração das aprendizagens nos cenários e os contextos da sua construção e utilização profissional mais fácil.
As estratégias para a implementação dos processos de interacção e participação são:
· Envolvimento mútuo
· Partilha
· Iniciativa conjunta
O envolvimento mútuo é o procedimento através do qual os membros da comunidade designam uma actividade comum;
A partilha é a estruturação conjunta do discurso e representação comum a todos os membros de comunidade;
A iniciativa conjunta é a implicação de membros da comunidade na aprendizagem e criação do novo conhecimento.
Estas três estratégias estão relacionadas, todas são necessárias nos processos de interacção e participação.

Tuesday, May 29, 2007

Redes e contextos de educação e formação na Sociedade da Informação

Como todos sabemos, a sociedade actual vive em constante evolução. E quando digo sociedade, refiro-me também à Sociedade de Informação.
Esta mesma evolução provoca mudanças na forma como vemos e sentimos o mundo.
No mundo digital, comunicar e aprender em rede é essencial para participar nas comunidades do ciberespaço e é através dessas comunidades que se concretizam novos contextos de educação. É necessário aprender sobre as comunidades virtuais para nos tornarmos membros e assim criar novas oportunidades de educação e formação (adquirindo novos conhecimentos) e ainda diminuir a distância física e social.
Através da interacção nas redes constitui-se um ambiente gerador dos contextos de aprendizagem.
A comunidade virtual é um sistema complexo e adaptativo pois os processos de orientação e controlo dos objectivos e as actividades são distribuídas pelos seus membros.
Como conclusão podemos dizer que os desafios da comunicação em rede consistem no desenvolvimento dos processos de educação, na compreensão de que o conhecimento está ligado ao contexto onde se dá e ainda no desenvolvimento dos processos de mediação social e cognitiva.
A comunicação em rede e a participação em comunidades virtuais facilitam de facto a aprendizagem e a aquisição de conhecimentos? A transmissão de conhecimentos através da Internet não poderá no futuro substituir as formas tradicionais de educação
?

Friday, May 25, 2007

Será a Internet um ambiente aberto e colaborativo?


Como nos diz Castells, a Internet é um reflexo dos princípios e valores dos seus autores, que seria fundamentalmente favorecer a comunicação global, tendo evoluído para um sistema de comunicação interactivo, aberto e global.
Ao longo dos anos, a Internet foi registando evoluções significativas…até que em 1989, foi criada a Word Wide Web (WWW), isto é, o primeiro servidor de Internet do mundo com o objectivo de se tornar um repositório do conhecimento humano permitindo a partilha de ideias e de todos os aspectos de um projecto comum aos colaboradores em sítios remotos.
A sociedade de Informação é, então, suportada pela cultura da inovação, partilha e colaboração, permitindo chegar à educação em rede.
Podemos dizer que, de facto, a Internet permite a partilha de informações, criando um novo conceito de educação. Mas será que podemos afirmar que cumpre o objectivo com que foi criada quando se refere ao facto de aproximar pessoas de sítios remotos? Não haverá ainda um longo caminho a percorrer para que todos possam ter acesso igualitário à Internet e às suas vantagens?

Wednesday, May 23, 2007

Abordagens educacionais nas aprendizagens em rede

Fases de desenvolvimento da aprendizagem:
Objectivismo: transmissão de conteúdos
Construtivismo: construção do conhecimento
Abordagem objectivista:
-Significado é algo que existe no mundo independentemente da experiência;
- O professor controla o processo de ensino;
- Indivíduos aprendem significados.
Abordagem construtivista:
- Aprendizagem é um processo activo e dinâmico;
- Construção individual e social do conhecimento;
- Conhecimento é construído através da experiência;
- Professor é um facilitador das aprendizagens;
- Informação e conhecimento emergem de relações, situações e contextos;
- Aprendizagem como processo complexo e contextualizado;
- Dimensão social acentuada na partilha e colaboração entre pares.

Abordagens educacionais e as Tecnologias da Informação

Ensino programado:
- Objectos de conhecimento pré-estabelecidos;
- Trabalho do aluno mais complexo.

Ensino assistido por computador:
-Orientado para a aprendizagem do aluno;
- Maior interactividade com os materiais;
- Exploração multimédia dos conteúdos.
Importância da concepção da aprendizagem como processo de construção da significação através da experiência.

Comunidades de aprendizagem em rede:
-Caracterizam-se por uma cultura de participação colectiva nas interacções que suportam as aprendizagens;
- Alternativas aos sistemas de ensino tradicionais, baseadas nas abordagens do construtivismo e do sócio-construtivismo;
- Participação e partilha dos membros da comunidade;
- Aprendizagens contextualizadas, flexíveis, interactivas e activas;
- Múltiplas oportunidades de aprendizagem e transferência do conhecimento para novas situações;
- Participação e envolvimento nas tarefas de aprendizagem;
-Partilha dos padrões de pensamento;
-Construção conjunta do novo conhecimento.

Monday, April 30, 2007

"Internet, libertad y sociedad: una perspectiva analítica"

Este texto de Manuel Castells dá-nos a conhecer alguns pontos importantes sobre a Internet assim como algumas dúvidas relacionadas com ela.
Criação da internet: a internet foi criada por investigadores informáticos académicos, esta consolidou-se como um instrumento essecial de expressão, informação e comunicação para a população mundial.
Uma das questões do autor relativamente à Internet é: "Internet: uma arquitectura de liberdade? Livre comunicação e controlo do poder."
O facto de não existir uma regulação por parte dos governos sobre os conteúdos da Internet produziu inquestionavelmente uma espécie de caos, o que fez da Internet um êxito é o caos que a representa. Apesar de tecnicamente a Internet ser uma arquitectura de liberdade, socialmente os seus usuários podem ser reprimidos e vigiados através dela, isto porque existem três tipos de tecnologias de controlo, sendo elas a de identificão, de vigilância e de investigação.
Sendo assim coloca-se então a seguinte questão: liberdade na internet até que ponto? Visto que através do registo electrónico se pode reconstruir o conjunto de movimentos que uma pessoa realiza, parece-nos então evidente que não há privacidade do ponto de vista da comunicação electrónica. Existe uma contradição entre as tecnologias de controlo e de vigilância e as tecnologias de liberdade. Apesar de tudo isso, é certo que, como toda a tecnologia, a relação da Internet com a liberdade é dúbia, pois por um lado protege a privacidade da mensagem, mas por outro permite que os procedimentos de autentificação verifiquem a identidade do mensageiro.
Outra das questões do autor é: "A cultura de liberdade como constitutiva de Internet"Aqui podemos reparar que as tecnologias são produzidas pela sua história e pelo uso que fazem dela, pois a Internet foi desenhada como uma tecnologia aberta, de uso livre para a comunicação global. O antepassado mais directo da Internet foi a Arpanet, tendo sido criada em 1969 afim de salvaguardar as comunicações norte-americanas de um ataque nuclear sobre os seus centros de mando e coordenação.Actualmente mais de 400 milhões de pessoas têm acesso à Internet, este número era bastante mais reduzido em 1995, pois apenas 16 milhões de pessoas tinham acesso a ela, isto porque uma nova geração de empresários utilizaram a Internet como uma forma de fazer negócio, possibilitando o seu uso a toda a sociedade.
"Hackers, crackers, liberdade e segurança"
Os hackers são pessoas com conhecimentos técnicos informáticos cuja paixão é inventar programas e desenvolver novas formas de processamento de informação e comunicação electrónica, os crackers têem sido fundamentais para o desenvolvimento da Internet. Na margem da comunidade hacker situam-se os crackers, estes utilizam os seus conhecimentos para pertubar os processos informáticos. No entanto, existem vários tipos de crackers, os que entram nos sistemas sem autorização para espalharem virus informáticos, e outros que entram nos sistemas com o objectivo de desafiar os poderes pessoalmente.
A vulnerabilidade dos sistemas informáticos semeia uma contradição crescente entre segurança e liberdade na rede.
Na realidade, apesar do que todos pensam, nenhuma tecnologia assegura a liberdade.
Em suma, a liberdade de expressão e a comunicação encontraram na Internet o seu suporte adequado, essa liberdade na Internet torna-se necessária para que seja possível se soltar o seu enorme potencial de comunicação e de criatividade.